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Igreja Rosário dos Pretos, o berço do sincretismo

Publicado em: 07/08/2024
Por: Adilson Fonsêca
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Muito mais importante aos olhos contemporâneos, que a história arquitetônica que remonta ao século XVIII, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, ao pé da Ladeira do Pelourinho, nos limites do antigo portão da cidade, no Centro Histórico de Salvador, está o seu simbolismo sincrético. É ali, há mais de duas décadas, que as missas católicas são celebradas ao som de timbales e atabaques, instrumentos usados nas religiões de matrizes africanas e criados pelos escravos no Brasil Colônia.

A igreja está na confluência entre o Pelourinho com o Santo Antonio Além do Carmo, e a sua localização permite uma visão ampla das duas áreas do Centro Histórico. A sua história remonta ao período colonial no Brasil, quando os negros escravos e alforriados eram particularmente devotos de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia e Santo Elesbão. Como outros grupos da colônia, também os negros se organizavam em agrupações religiosas de ajuda mútua, as chamadas irmandades ou confrarias.


E foi uma delas, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Salvador foi formalmente constituída em 1685, que reuniu o dinheiro necessário e recebeu a permissão do arcebispo D. Sebastião Monteiro de Vide para a construção de uma igreja própria nas Portas do Carmo. Surgia ai Igreja dos Negros, onde hoje se misturam católicos e praticantes das religiões de matrizes africanas em perfeita comunhão de fé.

Imponente ante o conjunto de casario colonial do Pelourinho, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é a concretização de que em Salvador tudo termina em comunhão fraterna. É uma construção imponente, ao qual se tem acesso por um pequeno adro gradeado, mas que no seu interior oferece ao visitante, as obras e construções em azulejos portugueses de 1790 e altares são em estilo neoclássico, realizados na década de 1870. Imagens como as de Nossa Senhora do Rosário, do século XVII, Santo Antônio de Categeró, São Benedito, Santa Bárbara e um Cristo crucificado em marfim

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